Jucá diz que Venezuela não é o Haiti e defende o veto a imigrantes do país vizinho

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2017 10h09 - Atualizado em 25/08/2017 12h14
CTRCDC - Pauta: instalação da comissão especial criada com a finalidade de examinar os projetos de lei do Senado (PLSs 281, 282 e 283, de 2012), que propõem alterações no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Na reunião serão eleitos o presidente e o vice-presidente do colegiado. Senador Romero Jucá (PMDB-RR) Marcos Oliveira/Agência Senado Segundo o peemedebista, a situação vivida no país vizinho não justifica a entrega do benefício

O senador Romero Jucá atacou o presidente Nicolás Maduro e afirmou que o Governo brasileiro precisa “parar de conceder refúgio a venezuelanos”.

Segundo o peemedebista, a situação vivida no país vizinho não justifica a entrega do benefício. As declarações foram dadas nesta quarta-feira (23), durante uma audiência pública, em Boa Vista.

O Estado de Roraima, reduto político do senador, é o que mais tem sofrido com o aumento da chegada de venezuelanos nos últimos meses.

Jucá defendeu uma revisão nas políticas de concessão de refúgio e garantiu que a Venezuela não é o Haiti ou a Líbia: “refúgio você dá no Haiti por causa do terremoto. Guerra na Líbia, está rolando guerra lá. É problema de refúgio. Aqui não, aqui é questão de ditadura, briga política”.

As declarações de Romero Jucá foram duramente criticadas por entidades que monitoram a situação dos refugiados.

A diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, explicou que as definições do senador sobre a concessão do benefício estão equivocadas: “o justo receio de perseguição política é por si só legítima motivação para solicitação do refúgio”.

Canineu acrescentou ainda que Romero Jucá demonstra ignorância sobre o histórico de auxílio humanitário oferecido pelo Brasil e lembrou que a Venezuela também recebeu brasileiros, durante a ditadura militar.

Nesta quinta-feira (24), em mais uma medida autoritária, Nicolás Maduro mandou cortar o sinal da rede de televisão colombiana “Caracol”. Em fevereiro, as transmissões da “CNN” em espanhol também haviam sido suspensas no país.

A imprensa venezuelana afirmou ainda que outra emissora colombiana, a “RCN”, também deverá ser impedida de operar, nas próximas semanas.

Em todos os casos, a alegação é de que os canais veiculam informações falsas a respeito do governo venezuelano.

*Informações do repórter Vitor Brown

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