Judiciário vai gastar mais de R$ 27 bi só com folha de pagamento neste ano
Representantes de órgãos vinculados à magistratura entendem que negativa para um aumento do Judiciário ocorre devido à incompetência do Governo em ajustar as contas do País.
A Presidente da Suprema Corte, ministra Cármen Lúcia já decidiu não propor uma correção salarial. Maioria do STF também sinalizou que vai rejeitar um reajuste.
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros apontou para uma incongruência entre cortes realizados no serviço público e ações tomadas pelo Palácio do Planalto. Jaime de Oliveira pontuou ainda que juízes estão se tornando responsáveis para sanar os erros da gestão pública.
“Foram utilizados recentemente no Congresso Nacional, agora liberando verbas que acabavam cumprindo interesses do Governo, que não colocar o País nos trilhos”, disse.
Segundo o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, houve um desentendimento, pois não existiu um pedido de reajuste, apenas uma revisão orçamentária para 2018.
Roberto Veloso explicou que o Supremo Tribunal Federal enviou ao Congresso, em 2015, um projeto de lei prevendo uma recomposição inflacionária. Aprovado na Câmara e na CCJ do Senado, a proposta agora aguarda análise da Comissão de Assuntos Jurídicos da Casa. “Uma vez havendo melhoria na situação econômica do Brasil nós não tivéssemos um impedimento de serem reajustados com foco de previsão orçamentária”, afirmou.
Entre 2012 e 2016, a Justiça brasileira custou R$ 174,1 bilhões ao contribuinte. O dinheiro, segundo o Conselho Federal de Justiça, bancou salários dos servidores.
*Informações do repórter Felipe Palma
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