SP: Juiz quebra sigilo de Marquito em investigação sobre rachadinha na Câmara
A Justiça autorizou quebra de sigilo bancário do ex-vereador Marquito, após denúncia de rachadinha na Câmara de São Paulo.
A decisão do juiz Fábio Pando de Matos, do Departamento de Inquéritos Policiais, abrange o animador de TV, Marco Antonio Ricciardelli, parlamentar à época pelo PTB, e mais 45 pessoas, funcionários do seu gabinete, no período de janeiro de 2013 a março de 2016.
O magistrado acolheu pedido do Ministério Público, numa investigação iniciada em 2016. Quatro servidores do legislativo e um prestador de serviço admitiram devolver parte dos salários ao vereador Marquito. Um deles afirmou que dos R$ 14 mil mensais, ficava com R$ 2,3 mil.
Um terceirizado alegou que emitia duas notas fiscais por mês, uma para serviços, e outra para o parlamentar. O dinheiro teria sido devolvido a Edson Roberto Pressi, que não era nomeado por Marquito, mas tinha sala na Câmara e atuaria como um chefe de gabinete informal.
Os sigilos de Pressi e sua mulher foram quebrados. O Ministério Público levantou gastos de R$ 122 mil do gabinete do vereador com um escritório de advocacia, que seria comandado por Pressi.
A quebra de sigilo de Marquito também abrange sua mulher e demais servidores e prestadores de serviços que recebiam verba do seu gabinete. O juiz ressalta que há fortes indicativos da ocorrência do crime de peculato, em que figuram como investigados Marco Antônio Ricciardelli e Edson Roberto Pressi, e a quebra de sigilo é imprescindível para as investigações.
* Com informações do repórter Marcelo Mattos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.