Jungmann admite erros da União e do governo local no trato com venezuelanos na fronteira de RR
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, visitou nesta quinta-feira (23) a fronteira do Brasil com a Venezuela em Pacaraima e em meio a um embate com o governo de Roraima, admitiu uma série de erros, seja do Governo federal, seja do governo local.
“Tem problema? Tem. Tem tensão? Tem. Onde imigração não cria tensão, problema e conflito? O problema aqui não é disputa. Estamos procurando atender com toda sinceridade e esforço. Erros e problemas, têm”, disse.
Já existem denúncias inclusive lá em Roraima de utilização política do problema. A queda de braço com o Governo federal é visível e a troca de farpas vem se intensificando.
A governadora Suely campos cobrou essa semana o ressarcimento de R$ 180 milhões, dinheiro que teria sido gasto com saúde, educação e segurança dos imigrantes.
O Palácio do Planalto afirmou que já enviou R$ 187 milhões, via Ministério da Saúde e que R$ 70 sequer teriam sido gastos. O governo de Roraima afirma que não recebeu os recursos, que havia uma medida provisória com a previsão de R$ 190 milhões e que ela teria caducado sem o devido repasse ao Estado.
O governo de Roraima disse ainda que recebeu apenas verbas de repasses obrigatórios. O governo local negou também que o governo já tenha construído um hospital de campanha no Estado como afirmou essa semana o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Etchegoyen.
Os policiais da Força Nacional que estão em Pacaraima desde segunda-feira, só nesta quinta começaram a ajudar no patrulhamento ostensivo.
O ministro da Segurança Pública ainda ressaltou dificuldades no chamado processo de interiorização.
O Palácio do Planalto já descartou também a possibilidade de fechamento de fronteira ou de exigir passaporte para que os venezuelanos entrem no Brasil.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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