Justiça alega que cinco PMs acusados de matar dois pichadores há três anos agiram em legítima defesa

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2017 07h24 - Atualizado em 24/11/2017 11h06
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Reprodução A juíza Débora Faitarone entendeu que os réus agiram em legítima defesa ao terem matado Alex Dalla Vecchia Costa e Ailton dos Santos

O Ministério Público de São Paulo vai recorrer da absolvição de cinco policiais militares acusados de matarem dois pichadores em 2014.

Os PMs Amilcezar Silva, Adilson Perez Segalla, André de Figueiredo Pereira, Danielo Keity Matsuoka e Robson Oliva Costa foram inocentados em decisão proferida na quarta-feira.

A juíza Débora Faitarone entendeu que os réus agiram em legítima defesa ao terem matado Alex Dalla Vecchia Costa e Ailton dos Santos.

O caso aconteceu em julho de 2014, quando a dupla entrou num prédio na avenida Paes de Barros, na Moóca, Zona Leste da capital paulista.

Eles acessaram o edifício após terem sido confundidos com moradores e tinham como objetivo pichar a fachada do local.

No entanto, um zelador desconfiou da movimentação e chamou a polícia.

Os PMs entraram no prédio e, segundo eles, foram recebidos a tiros pelos invasores e, no tiroteio, os dois morreram.

Os policiais eram acusados ainda de fraude processual, porque, segundo a denúncia, alteraram a cena do crime.

Ainda segundo a acusação, as vítimas foram executadas pelos PMs após terem sido surpreendidas pichando a fachada de um edifício.

Por outro lado, a defesa afirma que os policiais agiram em legítima defesa e que os pichadores entraram no edifício também para roubar e atiraram contra os agentes.

A juíza acatou os argumentos dos advogados e os réus foram absolvidos.

O Ministério Público recorre para que os policiais militares sejam julgados pelo Tribunal do Júri.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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