Justiça de SP condena abusador a dois anos de prisão por crime contra a dignidade sexual
A Justiça de São Paulo condenou Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, a dois anos de prisão em regime fechado por crime contra a dignidade sexual. O ato cometido pelo ajudante geral contra uma mulher ocorreu dentro de um ônibus na região da Avenida Paulista, em 2013.
Diego já estava detido, desde o último sábado, acusado de estupro após esfregar o órgão genital em outra mulher dentro de um coletivo.
Ao todo, o ajudante geral cometeu 17 ataques sexuais desse tipo.
A advogada Luiza Nagib Eluf disse que o juiz desclassificou como estrupo para indicar que houve uma tentativa da prática sexual.
Em entrevista ao repórter Felipe Palma, apesar de Diego poder ter incorrido neste crime, a criminalista entendeu que a justiça agiu corretamente: “a melhor saída seria aplicar o estupro, mas na forma tentada. Ele não pode conviver livremente na sociedade porque ele não se controla”.
A procuradora da República aposentada, Ana Carolina Previtalli, pondera que casos de agressões sexuais poderiam ensejar o artigo 215. De acordo com ela, eles representam casos dissimulados e repentinos, envolvendo um contexto de vulnerabilidade feminina: “é o caso da mulher em transporte público lotado e homem começa a encostar nela, se esfregar nela, passar a mão e quando ela percebe ela não consegue se desvencilhar, às vezes tem vergonha de chamar atenção”.
O pedido de liberdade para Diego Ferreira de Novais, feito pela defensora pública Regina Bauab Merlo, não foi aceito.
Indiciado por quatro estupros, 13 atos obscenos e importunação ofensiva ao pudor, Diego afirma que “passou a agir desta forma após um acidente”.
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