Justiça do Paraná determina a prisão do ex-governador Beto Richa

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2019 08h23 - Atualizado em 25/01/2019 08h30
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Ricardo Almeida/ANPr Richa é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) é alvo de prisão preventiva na manhã desta sexta-feira (25). A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, após pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) em um desdobramento da Operação Integração, fase da Lava Jato que investigou a concessão de rodovias no estado.

Richa é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele já havia sido preso em setembro do ano passado, mas foi solto dias depois por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Na decisão, o ministro afirmou que o processo tinha “fundo político”, que o caso poderia abrir uma “porta perigosa” em nossa democracia e ainda o comparou com prisões arbitrárias da ditadura militar.

“Destaco ainda que, no caso em análise, houve a violação não apenas da liberdade de locomoção, mas também há indicativos de que tal prisão tem fundo político, com reflexos sobre o próprio sistema democrático e a regularidade das eleições que se avizinham, na medida em que o postulante é candidato ao Senado Federal “, assinalou.

Ao deixar o regimento da Polícia Montada, em Curitiba, Richa definiu sua prisão como uma “crueldade”. “O que fizeram comigo foi uma crueldade enorme, não merecia o que aconteceu, mas estou de cabeça erguida e continuo respondendo todas as acusações sem a menor dificuldade”, declarou. “Foram dias, não posso deixar de reconhecer, de extremo sofrimento, pra mim e para toda minha família, e lamento que (tenha valor) a palavra de um indivíduo, de um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, ao contrário, total falta de credibilidade. Aí eu pergunto: vale a palavra dele ou a minha palavra?”.

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