Justiça do Rio de Janeiro cria novas varas especializadas em milícias e grupos paramilitares
Cerca de 1,5 mil militares foram detidos na capital fluminense com envolvimento em organizações criminosas de 2020 até o momento
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro vai inaugurar na próxima segunda-feira, 5, duas varas especializadas em organizações criminosas, que vão ser responsáveis por julgar crimes previstos na lei de organização criminosa, na lei de lavagem de bens e também no artigo 288A do Código Penal, que trata de milícias e paramilitares. A primeira vara especializada na questão foi inaugurada em setembro de 2019 e conta, atualmente, com cerca de 1 mil processos, dos quais 225 são sigilosos, e distribui mensalmente 200 ações, mais que o dobro de varas criminais comuns. As milícias tem avançado vertiginosamente no Rio de Janeiro. Neste momento, inclusive, dois grupos estão em conflito: o grupo de Danilo Lima, o Tandena, e o grupo de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Ambos tentam avançar em território, indo além da capital fluminense, região metropolitana, Baixada Fluminense e até o interior do Estado. Ações permanentes da polícia do Rio de Janeiro vêm sendo realizadas para combater o avanço das milícias e tentar asfixiar financeiramente esses grupos paramilitares. Uma força tarefa foi montada em meio à pandemia da Covid-19. De lá para cá, cerca de 1,5 mil militares já foram detidos na cidade do Rio de Janeiro.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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