Justiça do Rio de Janeiro nega pedido de habeas corpus a Allan Turnowski

Delegado e ex-chefe da Polícia Civil fluminense é acusado de participar de esquema de corrupção com pagamento de propina ligado ao jogo do bicho

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2022 11h00 - Atualizado em 15/09/2022 05h04
Tânia Rego/ Agência Brasil Allan Turnowsk foi preso em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro Allan Turnowsk foi preso em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro

A justiça do Rio de Janeiro negou um pedido de habeas corpus ao ex-chefe da Polícia Civil do Estado, Allan Turnowski, preso na semana passada acusado de ligação com contravenção e organização criminosa. No entanto a decisão permite que ele seja transferido para uma unidade prisional da Polícia Militar. O Ministério Público vem revelando como delegados se relacionavam com do bicho para obter propina. O chefe do esquema seria o delegado Maurício Demétrio, preso no ano passado. Ele seria ligado ao bicheiro Fernando Inácio, morto em uma emboscada na zona oeste da capital fluminense em 2020. A propina era chamada pelos dois delegados de “remédio”, “pixulé” e “merenda”. De acordo com a denúncia do MP apresentada à justiça, Turnowski atuava como agente duplo, levando informações do contraventor Rogério Andrade para o grupo do bicheiro Fernando Inácio. Ainda segundo a denúncia, ele e Demétrio agiam politicamente para conseguir cargos estratégicos e importantes na Polícia Civil, com o objetivo de manter o esquema de propina. As investigações do MP apontam ainda que os dois delegados davam preferência por encontros presenciais, evitando trocas de mensagens por celular para não deixar rastros. A defesa de Turnowski afirmou que não há diálogo ou qualquer ato que comprometa o delegado em todo o processo judicial. Turnowski é filiado ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e pretendia concorrer ao cargo de deputado federal neste ano.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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