Justiça Federal suspende por seis meses destruição de provas da Operação Castelo de Areia
Justiça Federal decide suspender a destruição das provas da Operação Castelo de Areia. A investigação apurou o envolvimento da construtora Camargo Corrêa em desvios de dinheiro de obras públicas.
A operação foi deflagrada em 2009, mas, em 2011, o Superior Tribunal de Justiça considerou ilegais as provas produzidas a partir de escutas telefônicas.
A destruição incluía o descarte de documentos, planilhas, manuscritos e e-mails apreendidos nas casas e escritórios da empreiteira.
A Justiça decidiu mudar de ideia depois que, em negociação de delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que o ex-presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha, recebeu R$ 5 milhões em suborno da Camargo Corrêa para barrar a operação.
O juiz federal Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, determinou a suspensão por entender que o Ministério Público Federal poderá reverter as medidas que interromperam a Castelo de Areia, caso a delação de Palocci seja assinada.
As provas seriam destruídas no dia 23 de agosto, mas a ação foi desmarcada após pedido de vista da Procuradoria da República. O descarte do material fica suspenso por seis meses.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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