Justiça nega adoção de ‘lockdown’ no Amazonas; missas e cultos podem ser retomados
A Justiça do Amazonas negou pedido do Ministério Público para que o bloqueio total de circulação fosse adotado no Estado. O entendimento é que não há elementos mínimos que justifiquem a medida judicial requerida.
Enquanto isto a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que permite a celebração de missas e cultos em plena pandemia do novo coronavírus.
O texto foi aprovado no mesmo dia em que o estado registrou um novo recorde de casos diários da doença: 1.139 em 24 horas. O número total de casos está em torno de 10 mil e já foram registradas mais de 750 mortes por covid-19.
Proposto pelo deputado estadual e pastor da Igreja Universal João Luiz, o projeto vai agora para a sanção do governador, Wilson Lima. Caso ele vete, a proposta volta a casa para uma nova votação em plenário.
Em meio a toda turbulência Wilson Lima enfrenta um embate dos mais difíceis. O Sindicato dos Médicos do Amazonas apresentou pedido de impeachment contra ele e seu vice, Carlos Almeida, alegando que ambos cometeram crimes de responsabilidade na condução dos esforços contra a doença.
O deputado Serafim Corrêa indica que a situação grave com inúmeros óbitos é fruto da ineficiência da gestão. O cientista político, Rubens Figueiredo indica que o momento é inoportuno para um processo e que as forças devem estar reunidas no combate ao vírus.
O pedido de impeachment foi aceito pelo presidente da Assembleia, Josué Neto, e uma comissão analisa o tema. Caso a representação siga em frente, o plenário irá deliberar a questão.
Para que haja aprovação do afastamento são necessários votos de dois terços dos deputados, ou seja, 16 parlamentares.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.