Justiça ouve FHC, Cardozo, Nelson Jobim e Pedro Malan em processo contra Lula na Zelotes

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2017 07h07 - Atualizado em 13/09/2017 11h32
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BRA100. CURITIBA (BRASIL), 10/05/2017.- El expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva participa hoy, miércoles 10 de mayo de 2017, en un evento con miles de simpatizantes, en la plaza Santos Andrade, en Curitiba (Brasil), tras declarar como imputado por corrupción. "Estoy vivo y preparándome para volver a ser candidato a la Presidencia de la República", afirmó. Lula prestó declaración durante cinco horas ante el juez Sergio Moro en los juzgados federales de Curitiba por la supuesta propiedad de un apartamento en el balneario paulista de Guarujá que figura en los registros a nombre de la constructora OAS. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/Fernando Bizerra Jr. O ex-presidente petista, o filho dele, Luís Cláudio, e outras duas pessoas são acusadas por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Justiça ouve Fernando Henrique Cardoso, José Eduardo Cardozo, Nelson Jobim e Pedro Malan como testemunhas de defesa de Lula em processo da Operação Zelotes.

O ex-presidente petista, o filho dele, Luís Cláudio, e outras duas pessoas são acusadas por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O MPF afirma que os crimes ocorreram entre dois mil e treze e dois mil e quinze, quando Lula teria integrado um esquema de favorecimento de empresas em atos do Governo Dilma.

De acordo com a promotoria, essa atuação teria levado à compra pelo governo brasileiro de trinta e seis caças da fabricante sueca Saab.

Os acusados também teriam trabalhado ilegalmente para a prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da medida provisória 627.

Em troca, o filho de Lula, Luís Cláudio, teria recebido dois milhões e meio de reais da empresa de representação Marcondes e Mautoni, que tem como clientes a Mitsubishi Motors, o grupo Caoa e a empresa sueca Saab.

Os depoimentos desta terça-feira (12) foram tomados por videoconferência das testemunhas em São Paulo pelo juiz federal Vallisney Oliveira, em Brasília.

O ex-ministro da defesa Nelson Jobim diz que foi convocado para falar sobre o processo de compra dos caças e que ele desconhece a presença do escritório Marcondes e Mautoni: “dificilmente o que estava atrás era interesse da Aeronáutica. Não conheço os personagens, Marcondes…”.

Nelson Jobim foi ministro da defesa entre dois mil e sete e dois mil e onze, antes do período em que teriam ocorrido os crimes de acordo com o MPF, entre dois mil e treze e dois mil e quinze.

O ex-ministro da justiça José Eduardo Martins Cardozo disse que foi perguntado sobre a MP 627 e respondeu que não verificou nada de atípico na tramitação do texto: “eu não me lembro de absolutamente nada atípico. No Ministério da Justiça foi um processamento normal”.

O advogado de Lula disse que o depoimento de Pedro Malan contribui para a tese da defesa de que não houve tráfico de influência na tramitação da medida provisória.

Cristiano Zanin Martins afirmou que incentivos fiscais do gênero seriam concedidos desde o Governo FHC: “o ex-ministro Malan foi na mesma linha mostrando que é política de Governo a concessão de incentivos fiscais”.

Por outro lado, o procurador da República Hebert Mesquita, responsável pela Operação Zelotes, disse em Brasília que as provas contra Lula na ação são “batom na cueca.”

O integrante do MPF afirmou que os depoimentos desta terça-feira não mudam nada no andamento do processo e que foi desnecessário arrolar FHC e Pedro Malan.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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