Justiça de SP proíbe manifestações de grupos contrários no mesmo dia

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2020 07h19 - Atualizado em 06/06/2020 10h06
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Antes da determinação da Justiça, os organizadores de ambos os lados tinham se encontrado, a pedido da Polícia Militar e do Ministério Público

A Justiça de São Paulo determinou que as manifestações pró e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro não aconteçam na mesma data. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (5) pelo juiz Rodrigo Galvão Medina, após pedido do governo do estado.

Os dois protestos estavam previstos para acontecer na capital no domingo (7). O objetivo da determinação é evitar novos confrontos, como os que ocorreram no último domingo (31), quando grupos favoráveis e contrários a Bolsonaro entraram em confronto na Avenida Paulista, e a polícia teve de intervir, utilizando bombas de gás.

Antes da determinação da Justiça, os organizadores de ambos os lados tinham se encontrado, a pedido da Polícia Militar e do Ministério Público, para entrarem num consenso. No entanto, nenhum acordo foi firmado.

O coronel da PM, Alexandre Gasparian, disse que a finalidade da reunião era evitar o que aconteceu na última semana. O Major Costa e Silva, que está sempre presente nas manifestações pró-governo, explicou porque não é a favor de protestos de grupos contrários no mesmo dia. Ao mesmo tempo, na reunião, Guilherme Simões, coordenador da frente Povo Sem Medo, garantiu que o objetivo dos protestos não é causar conflitos.

Nesta sexta-feira (5), o presidente reiterou o pedido para que os apoiadores do governo fiquem em casa. Ele cobrou eficiência da Polícia Militar e sugeriu o uso da Força Nacional em manifestações que se denominam antifascistas caso as leis sejam infringidas.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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