Advogada de Bolsonaro defende ação por charge: ‘Inadmissível ligar o presidente ao nazismo’

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2020 09h44
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Reprodução/Instagram Karina Kufa deu entrevista ao Jornal da Manhã nesta terça-feira (16)

A advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã nesta terça-feira (16), que ele passará a tomar ações judiciais para se defender.

Kufa citou a investigação de uma charge publicada em um blog nesta segunda-feira (15) que mostra Bolsonaro pintando uma suástica, símbolo nazista. “A gente está em um momento delicado em que o presidente vai ter que tomar atitudes como tomou essa semana contra uma charge absurda”, disse. Ela lembrou que o o presidente respeita a comunidade judaica, perseguida pelo nazismo. “É inadmissível que tentem ligar o presidente ao nazismo”, condenou.

“Agora é mais que o momento de ele se defender judicialmente entrando com ações e tomando medidas para que não sejam implantadas narrativas”, continuou Karina Kufa.

Segundo a advogada, ela e a equipe que defende o presidente reunindo postagens nas redes sociais contra Bolsonaro para tomar as medidas cabíveis. “Temos um material gigantesco de pessoas nas redes sociais que pedem a morte dele e o acusam de coisas inverídicas.”

Cassação de chapa

Ainda na entrevista, Kufa falou sobre o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, eleita em 2018 para a presidência da República. A advogada não acredita que desfecho será negativo para o presidente.

“Não vejo a menor condição de cassação da chapa Jair Bolsonaro e Mourão”, garantiu a advogada. A chapa é acusada de abuso eleitoral pelas coligações Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV), de Marina Silva, e Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil (PSOL/PCB), de Guilherme Boulos.

Karina Kufa afirmou que Bolsonaro não cometeu nenhuma irregularidade nas eleições e não pode ser punido se algum eleitor fez algo ilegal. “Até uma criança de 6 anos vai concordar que é impossível um candidato ter condições de fiscalizar todos os atos dos seus eleitores”, disse. “Se porventura um eleitor tenha cometido um ato ilegal, ele não pode ser responsabilizado.”

Ela ainda se mostrou preocupada com os resultados de uma possível decisão contra o presidente. “Imagina o precedente para outras eleições. Vai ter uma máquina de opositores tentando viabilizar a cassação do vencedor”, previu Karina Kufa.

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