Lava Jato usa delação de Palocci, mira Graça Foster e volta a apontar suspeitas sobre André Esteves

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2019 10h35
Fábio Motta/Estadão Conteúdo Nova fase da operação focou em desinvestimentos com venda de ativos na Petrobras

A 64ª fase da Lava Jato apura se houve prejuízo de bilhões de dólares na venda de ativos da Petrobras para o banco BTG Pactual. A Operação Pentiti cumpriu buscas em endereços vinculados às duas empresas no Rio de Janeiro e em São Paulo nesta sexta-feira (23).

Além disso, a a Polícia Federal esteve em locais ligados ao sócio da instituição financeira André Esteves e à ex-presidente da estatal Graça Foster.

A análise de documentos obtidos em fases anteriores verificou a possibilidade de prejuízos na venda de ativos na África da Petrobras para o BTG em 2013.

As participações da petrolífera foram avaliadas em valores que iam de US$ 6 a US$ 8 bilhões, mas metade delas foi comercializada por US$ 1,5 bilhão.

A procuradora da República Laura Gonçalves Tessler considera a diferença desproporcional. “É uma questão de operações de desinvestimentos, de vendas de ativos em valor substancialmente inferior aquele que havia sido inicialmente apurado por avaliações de bancos internacionais”, declarou. 

Os investigadores se valeram de informações prestadas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci por meio de delação.

O BTG Pactual diz que está à disposição das autoridades para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível.

A Petrobras diz que é reconhecida como vítima pelo próprio Ministério Público Federal e que trabalha em estreita colaboração com as autoridades.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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