Lava Jato volta as atenções a interrogatórios do processo do sítio atribuído a Lula em Atibaia

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2018 07h20 - Atualizado em 05/11/2018 08h13
Reprodução/Polícia Federal A defesa de Lula argumenta que o sítio é da família de Jacó Bittar, amigo do ex-presidente, e que foi emprestado após a saída do Palácio do Planalto, em 2011

Sem o juiz Sérgio Moro, a Operação Lava Jato retoma nesta semana os interrogatórios do processo do sítio em Atibaia atribuído ao ex-presidente Lula. De acordo com a força-tarefa, a ampliação do local, no interior de São Paulo, foi feita pela Odebrecht e pela OAS, representando pagamento de propina ao petista em troca de benefícios em contratos da Petrobras.

A defesa de Lula argumenta que o sítio é da família de Jacó Bittar, amigo do ex-presidente, e que foi emprestado após a saída do Palácio do Planalto, em 2011.

Com Sérgio Moro se afastando do Judiciário para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública do presidente eleito Jair Bolsonaro, quem interrogará o petista no dia 14 de novembro será a juíza Gabriela Hardt.

Também falta concluir os interrogatórios de outros acusados, como Emílio e Marcelo Odebrecht, e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

Em depoimento sobre o triplex do Guarujá, Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, admitiu ter tratado sobre o sítio com Lula. Ele também deve prestar depoimento na próxima semana, além de Fernando Bittar, dono de uma parte do imóvel.

O processo pode levar o ex-presidente Lula a uma segunda condenação. Ele já cumpre na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pena de 12 anos e 1 mês de prisão pelo caso do Triplex no Guarujá.

A defesa alega que o local foi apenas emprestado ao petista, para que armazenasse parte do acervo presidencial.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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