Lava Jato volta as atenções a interrogatórios do processo do sítio atribuído a Lula em Atibaia

Sem o juiz Sérgio Moro, a Operação Lava Jato retoma nesta semana os interrogatórios do processo do sítio em Atibaia atribuído ao ex-presidente Lula. De acordo com a força-tarefa, a ampliação do local, no interior de São Paulo, foi feita pela Odebrecht e pela OAS, representando pagamento de propina ao petista em troca de benefícios em contratos da Petrobras.
A defesa de Lula argumenta que o sítio é da família de Jacó Bittar, amigo do ex-presidente, e que foi emprestado após a saída do Palácio do Planalto, em 2011.
Com Sérgio Moro se afastando do Judiciário para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública do presidente eleito Jair Bolsonaro, quem interrogará o petista no dia 14 de novembro será a juíza Gabriela Hardt.
Também falta concluir os interrogatórios de outros acusados, como Emílio e Marcelo Odebrecht, e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
Em depoimento sobre o triplex do Guarujá, Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, admitiu ter tratado sobre o sítio com Lula. Ele também deve prestar depoimento na próxima semana, além de Fernando Bittar, dono de uma parte do imóvel.
O processo pode levar o ex-presidente Lula a uma segunda condenação. Ele já cumpre na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pena de 12 anos e 1 mês de prisão pelo caso do Triplex no Guarujá.
A defesa alega que o local foi apenas emprestado ao petista, para que armazenasse parte do acervo presidencial.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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