Lei Seca completa 10 anos e Detrans alertam para reflexões sobre comportamento das pessoas
“Se beber, não dirija”. A frase, usada frequentemente em campanhas publicitárias na televisão e no rádio, faz parte do cotidiano do brasileiro há mais 10 anos. Em alguns Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, ela obrigatoriamente deve ser impressa em cardápios de bares e restaurantes.
Embora campanhas embasadas nessa frase já fossem realizadas desde o fim dos anos 1990, é com a aprovação da Lei Seca, em 2008, há exatos 10 anos, que ela passa a ser utilizada de forma mais ampla e articulada pelo poder público e organizações da sociedade civil, tornando-a cada vez mais familiar para a população.
A nova legislação trouxe modificações importantes no Código de Trânsito. De lá pra cá, especialistas celebram dados positivos, mas também levantam questões que consideram relevantes para aprimorar o quadro.
Um estudo – conduzido pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) e divulgado no ano passado – aponta que, entre 2008 e 2016, a Lei Seca teria evitado a morte de quase 41 mil pessoas.
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o presidente do Detran SP, Maxwell Vieira, ressaltou que a Lei Seca é muito importante. “Veio para combater motoristas que misturam bebida com direção. 94% dos acidentes fatais são decorrentes de falhas humanas e poderiam ser evitados. A Lei Seca completa 10 anos e a gente precisa fazer reflexões do comportamento das pessoas”, disse.
Também à Jovem Pan, o presidente da Associação dos Detrans do Brasil e do Detran de Alagoas, Antônio Carlos Gouveia, reiterou que a criação do ambiente pedagógico foi essencial. “Todo processo de conceito deve ter na norma a mudança de comportamento. A gente está falando em salvar vidas”, finalizou.
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