Leite materno pode aumentar proteção de recém-nascidos contra Covid-19, diz pesquisa

Pesquisadores alertam que o estudo não permite ainda concluir que os bebês ficam imunizados

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2021 10h07 - Atualizado em 16/04/2021 10h55
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Foto por Helena Lopos/Unsplash Mulher sentada em um sofá com uma bebê no colo amamentando Anticorpo IgA foi encontrado em 86% das amostras após a vacinação e o IgG em 97% das amostras

Essa semana foi de animação para as mamães de recém-nascidos. Uma pesquisa internacional sugeriu que o leite materno pode proteger os bebês contra a Covid-19. O assunto rodou a internet e foi pela rede social que a noticia chegou até a Daryeling, que está amamentando a Catarina de apenas 24 dias. “Eu quando vi a matéria fiquei super feliz. Inclusive, queria ter uma amiga que tivesse tomado a vacina para me dar o leito para a Catarina tomar um pouquinho.”

Mas, calma, mamãe. Os pesquisadores são claros em alertar que o estudo não permite ainda concluir que os bebês ficam imunizados. O dado que a pesquisa traz é que anticorpos contra a Covid-19 foram encontrados no leite produzido por mães vacinadas e que receberam especificamente a imunização da Pfizer/BioNTech. Os cientistas acompanharam 84 mulheres e colheram amostras de leite antes e depois da imunização completa, ou seja, de tomar as duas doses. O anticorpo IgA foi encontrado em 86% das amostras após a vacinação e o IgG em 97% das amostras.

O estudo israelense foi publicado na revista cientifica The Journal of the American Medical Association. A pesquisa deve seguir para trazer conclusões. Enquanto isso, aqui no Brasil, a ginecologista e obstetra Carolina Curci lembra que a amamentação é muito importante, independentemente de ter proteção para a Covid-19, porque ajuda na defesa de infecções em geral. “É importante o bebezinho amamentar porque eu ativo e ajudo o sistema imunológico. Isso já é evidência científica.” O aleitamento materno é preconizado pela Organização Mundial da Saúde como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e como forma complementar até os dois anos.

*Com informações da repórter Carolina Abelin 

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