Líbano entra na segunda semana de manifestações

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2019 07h04 - Atualizado em 25/10/2019 11h15
EFE Protestos Líbano Os protestos se iniciaram em 17 de outubro após o anúncio de uma nova taxa sobre as chamadas no aplicativo Whatsapp

O Líbano entrou na segunda semana seguida de manifestações contra líderes políticos, corrupção, pobreza e precariedade dos serviços públicos no país. Nesta quinta-feira (24), após protestos massivos e até festivos, os manifestantes montaram barracas dando a entender que não vão se retirar.

Bancos, escolas e universidades seguem fechados até segunda ordem, assim como serviços médicos. O dinheiro também está começando a faltar nos caixas eletrônicos.

Os protestos se iniciaram em 17 de outubro após o anúncio de uma nova taxa sobre as chamadas no aplicativo Whatsapp. O Governo recuou e anunciou um plano abrangente de reforma econômica.

No entanto, essa manobra não convenceu a população libanesa, principalmente pelo silêncio do presidente Michel Aoun. Para ele, os manifestantes precisam expressar sua indignação mas de forma ponderada, sem causar colapsos.

Apesar da atmosfera festiva das manifestações, ocorreram incidentes em algumas cidades do Líbano. Em Nabatiyé, onde a maior parte da população é xiita, quinze manifestantes se feriram em conflito com a polícia.

Já no Monte Líbano, porção cristã do território, manifestantes alegam terem sido atacados por militantes do partido de Michel Auon.

A Igreja Cristã e os Estados Unidos também se pronunciaram de forma favorável ao movimento. Os líderes cristãos e autoridades sunitas e drusas pediram para que o governo libanês avalie a importância e a gravidade dos acontecimentos.

Já a casa branca emitiu um comunicado dizendo que as demandas dos cidadãos eram legítimas e reafirmou a necessidade do fim da corrupção endêmica que se instalou na região.

*Com informações da repórter Beatriz Carapeto

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