Libertação de prisioneiros é entrave para acordo de paz entre EUA e Talibã

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2020 07h29 - Atualizado em 02/03/2020 08h07
Reprodução/Twitter Os Estados Unidos e o Talibã estão em guerra, em território afegão, desde 2001

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, afirmou neste domingo (1º) que não vai libertar prisioneiros do Talibã antes das negociações marcadas para o dia 10 de março.

A libertação de cinco mil prisioneiros pelo governo afegão era uma das condições previstas no acordo assinado no sábado entre Estados Unidos e o grupo fundamentalista islâmico. Em contrapartida, o Talibã libertaria até mil prisioneiros.

Segundo o presidente afegão, que não participou da construção do acordo, o pedido dos Estados Unidos pode fazer parte das negociações, mas não pode ser uma condição prévia.

Além da libertação de prisioneiros, o acordo prevê que o Talibã vai parar de fazer ataques, não apoiará grupos terroristas e vai negociar com o governo afegão. Se os termos forem cumpridos, as tropas americanas sairão do país até abril de 2021 e o Talibã ficará livre de sanções.

Os Estados Unidos e o Talibã estão em guerra, em território afegão, desde 2001. O conflito teve início depois dos ataques de 11 de setembro e já deixou mais de 160 mil mortos.

A retirada das tropas americanas do Afeganistão foi uma promessa de campanha do presidente Donald Trump, que tenta a reeleição em novembro.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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