Licença de armas de fogo cresce 185% em um ano no Brasil
O número de licenças de armas de fogo subiu 185% em 2016. Foram pouco mais de 7,2 mil pedidos de acesso à armas de pessoas físicas em 2015 e quase 21 mil autorizações emitidas no ano passado.
De acordo com dados do Exército Brasileiro, de 2005 para hoje, o número de pessoas com autorização válida subiu quase 400%. E a tendência é de alta também em 2017.
Cerca de 90% do total atual são os chamados CACs, sigla usada para denominar caçadores, atiradores e colecionadores registrados. Ao contrário das demais pessoas físicas que se reportam à Polícia Federal (PF) para pedir autorização de posse ou porte de arma, essa categoria é regulada pelo Exército.
A corrida à certificação como CAC pode ser explicada por diferentes fatores. Um deles é que essa modalidade de registro virou uma alternativa ao controle da Polícia Federal e uma forma de se armar em meio à escalada da violência.
A consolidação de entidades e clubes de tiro desportivo pelo País e a popularização da modalidade que deu a primeira medalha ao Brasil nas Olimpíadas do Rio também contribuem.
Entre outros critérios para obter a certificação, válida por três anos, estão atestado psicológico, comprovante de aptidão técnica e vinculação a um clube de tiro.
Os requisitos não diferem muito dos exigidos pela PF, mas o acesso ao documento é mais restrito.
Segundo o Exército, ainda “não houve um estudo para levantar as causas do incremento na solicitação de certificado de registro para a categoria caçadores, atiradores e colecionadores.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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