Líder do PSL: ‘Governo cometeu lapso’ em não apresentar reforma de militares junto à principal
Em acordo fechado na noite desta segunda-feira (11), líderes partidários da Câmara condicionaram a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça à entrega, por parte do Governo, da proposta que incluirá as mudanças nas aposentadorias dos militares. Entre os que avalizaram a decisão tomada em reunião realizada na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), estava o líder do PSL, delegado Waldir.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o líder do partido do presidente da República disse que “não podemos nos apressar em fazer a reforma da Previdência”, mas considerou que o “Governo teve dificuldade e cometeu lapso em não trazer as duas reformas juntas”.
“Parlamento tem seu tempo e a gente quer tratar com equidade, respeitando as diferenças, todos os brasileiros que contribuirão para a nova Previdência. Foi decisão de líderes partidários e eu concordei com essa decisão”, disse.
Além da inclusão de militares na reforma, outros pontos são questionados por situação e oposição, mas o líder do PSL garantiu que o partido defenderá a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua integralidade, “a original”.
“Penso que é possível fazer adequações em relação ao Benefício de Prestação Continuada, mas existe a espinha dorsal, que é a idade mínima. Penso que isso deve ser mantido. Existe pequeno espaço para abertura, mas o país precisa de ajuste de R$ 1 trilhão. Fechando em R$ 1 trilhão não teremos problema de fazer as adequações necessárias”, explicou.
Delegado Waldir ressaltou ainda que o PSL pretende entregar 55 votos para a aprovação da reforma da Previdência. Questionado se os votos estavam garantidos, ele disse que “na verdade estamos construindo diálogos” e pediu responsabilidade dos parlamentares.
A respeito de um envolvimento maior de Jair Bolsonaro nas discussões da reforma, delegado Waldir defendeu que o presidente trate do assunto “24 horas por dia”.
“Presidente é pessoa espetacular e vai ajudar a fazer o convencimento do cidadão. Além disso, ele percebeu que tem que entrar na ação da nova reforma da Previdência, que será o ato mais importante do Governo dele (…) Temos que pensar no país que queremos, por isso o presidente ousa em trazer essa reforma da Previdência. Não é reforma do Governo Bolsonaro, é do povo brasileiro”, finalizou.
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