Líderes europeus se reúnem com gigantes da tecnologia para combater práticas terroristas
Os líderes de Reino Unido, França e Itália vão se reunir nesta quarta-feira (20) com representantes de Google, Facebook, Twitter e Microsoft em Nova York, às margens da assembleia geral da ONU.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, quer pressionar as gigantes de tecnologia a retirarem do ar conteúdos extremistas em no máximo duas horas. Isso como compromisso inicial, já que os governos europeus pretendem que as empresas desenvolvam ferramentas, algoritmos, ou o que for necessário, para prevenir que postagens que remetem a práticas terroristas sequer cheguem a ser publicadas.
O perfil do terrorismo jihadista mudou consideravelmente desde a queda da Al-Qaeda e a ascensão do Estado Islâmico. Hoje o grupo opera com ações consideradas pouco sofisticadas e que são praticadas na maioria por jovens que nem ao menos tiveram contato direto com lideranças terroristas, ou foram treinadas em campos do grupo.
O manual do terrorista e os chamados para ação estão na internet, servem para radicalizar jovens e propagar mensagens extremistas nos mesmos espaços em que a sociedade interage com memes de gatinho ou debate posições políticas.
As empresas de internet afirmam que têm feito o possível para combater esse tipo de conteúdo, mas os países afetados pelo terrorismo querem mais ação.
Na Inglaterra, por exemplo, descobriu-se que o site de comércio Amazon vende materiais utilizados para fabricação de bombas caseiras e ainda sugeria elementos que poderiam ser adicionados à compra.
Claro que a empresa não tem a intenção de fomentar terrorismo, certamente foi um equívoco do algoritmo que não considerou a sensibilidade dos produtos. Mas esses ajustes precisam ser feitos imediatamente e é isso que os governos aqui da Europa estão buscando neste momento.
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