Líderes europeus se reúnem com gigantes da tecnologia para combater práticas terroristas

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 20/09/2017 10h29
WOL001. London (United Kingdom), 04/06/2017.- British Prime Minister Theresa May delivers a statement on the previous night's terrorist incident, at Downing Street, in London, Britain, 04 June 2017. At least seven members of the public were killed and dozens injured after three attackers on late 03 June plowed a van into pedestrians and later randomly stabbed people on London Bridge and nearby Borough Market. The three attackers wearing fake suicide vests were shot dead by police who is treating the attack as a 'terrorist incident.' (Londres, Atentado, Terrorista) EFE/EPA/WILL OLIVER EFE/EPA/WILL OLIVER A primeira-ministra britânica, Theresa May, quer pressionar as gigantes de tecnologia a retirarem do ar conteúdos extremistas em no máximo duas horas

Os líderes de Reino Unido, França e Itália vão se reunir nesta quarta-feira (20) com representantes de Google, Facebook, Twitter e Microsoft em Nova York, às margens da assembleia geral da ONU.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, quer pressionar as gigantes de tecnologia a retirarem do ar conteúdos extremistas em no máximo duas horas. Isso como compromisso inicial, já que os governos europeus pretendem que as empresas desenvolvam ferramentas, algoritmos, ou o que for necessário, para prevenir que postagens que remetem a práticas terroristas sequer cheguem a ser publicadas.

O perfil do terrorismo jihadista mudou consideravelmente desde a queda da Al-Qaeda e a ascensão do Estado Islâmico. Hoje o grupo opera com ações consideradas pouco sofisticadas e que são praticadas na maioria por jovens que nem ao menos tiveram contato direto com lideranças terroristas, ou foram treinadas em campos do grupo.

O manual do terrorista e os chamados para ação estão na internet, servem para radicalizar jovens e propagar mensagens extremistas nos mesmos espaços em que a sociedade interage com memes de gatinho ou debate posições políticas.

As empresas de internet afirmam que têm feito o possível para combater esse tipo de conteúdo, mas os países afetados pelo terrorismo querem mais ação.

Na Inglaterra, por exemplo, descobriu-se que o site de comércio Amazon vende materiais utilizados para fabricação de bombas caseiras e ainda sugeria elementos que poderiam ser adicionados à compra.

Claro que a empresa não tem a intenção de fomentar terrorismo, certamente foi um equívoco do algoritmo que não considerou a sensibilidade dos produtos. Mas esses ajustes precisam ser feitos imediatamente e é isso que os governos aqui da Europa estão buscando neste momento.

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