Macri defende criação de lei sobre acordos de leniência para investigar desvios da Odebrecht
Presidente da Argentina acusa o Congresso do país de atrapalhar as investigações da Odebrecht e impedir um acordo de leniência da construtora.
A repercussão dos desvios operados pela empresa corre de maneira diferente no país vizinho. O governo baniu a empreiteira de participar de novas licitações em obras pública por um ano.
Mas o presidente Mauricio Macri disse, nesta quarta-feira (12), que a Odebrecht será bem-vinda para voltar a atuar na Argentina, desde que o Congresso aprove uma lei permitindo os acordos de colaboração premiada.
Foi uma crítica indireta aos parlamentares, principalmente da oposição.
Macri disse que no Brasil a construtora continua operando e na Argentina pode ser assim no futuro, mas ressaltou que primeiro precisa saber o que aconteceu no passado e está impedido disso porque não há um instrumento legal.
O governo argentino propôs um projeto de lei que determina a responsabilidade penal das empresas.
A Câmara aprovou quase inteiramente o texto. Deixou de fora justamente o artigo que abria a possibilidade de as empresas fornecerem informações em trica de benefícios judiciais.
Mauricio Macri acusa os deputados de atuarem a favor da procuradora-geral do estado, Alejandra Gills Carbó, tida pelo presidente como uma militante kirchnerista que obstrui todas as investigações que podem afetar a ex-presidente Cristina Kirchner.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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