Mãe de menino que morreu após se perder no Metrô de SP presta depoimento à Polícia Civil
Seguem as investigações sobre as circunstâncias da morte do menino Luan, de três anos, no túnel da Linha 1-Azul do Metrô, em 23 de dezembro. Nesta terça-feira (08), Lineia Oliveira Silva, mãe do garoto, foi ouvida por policiais da Delegacia do Metropolitano.
A mãe prestou depoimento durante 40 minutos e contou como Luan escapou de seus braços e saiu do vagão, na estação Santa Cruz.
Ariel de Castro Alves, advogado que representa a família, cobrou explicações do Metrô sobre a segurança na plataforma e agilidade no atendimento da ocorrência. Segundo o advogado da família, na cronologia de fatos, entre o pedido de autorização dos seguranças para as buscas no túnel e a autorização da ronda, foram mais de 40 minutos.
Luan foi encontrado caído nos trilhos a 200 metros da plataforma.
Na guia de encaminhamento de cadáver, o médico informou que a criança chegou sem vida e que não foram realizadas medidas de reanimação pelo longo tempo entre o trauma e a chegada ao hospital.
Para a conclusão do inquérito, os policiais ainda dependem da finalização dos laudos periciais e da investigação do Metrô.
Em nota, a companhia lamentou o ocorrido e informou que prestou todo atendimento necessário à família. Também informou que uma análise interna da ocorrência está em andamento e o Metrô vem colaborando com as investigações policiais sobre o caso, cedendo as imagens e informações solicitadas pelas autoridades.
O Metrô também esclareceu que o Controle de Segurança iniciou as buscas um minuto depois de receber um SMS sobre uma criança perdida na estação. A procura começou nas plataformas, depois pelos mezaninos da estação, shopping anexo, e estação Linha-5 Lilás. Depois desse processo iniciou-se o conjunto de medidas para desenergizar as vias, parar os trens nas plataformas e liberar a entrada dos agentes de segurança nos túneis.
*Informações do repórter Fernando Martins
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