Maia adota tom diplomático sobre nova derrota de Lula; líderes da base aliada comemoram
A derrota sofrida pelo ex-presidente Lula no Superior Tribunal de Justiça que negou seu pedido de habeas corpus preventivo, teve rápida repercussão no Congresso. Um dos que se manifestou foi o presidente da Câmara Rodrigo Maia, que falou já em tom de pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Maia evitou comentar sobre possíveis feitos da situação de Lula sobre a candidatura dele. Mas disse, em tom diplomático, que o momento é de reflexão: “não trato isso como derrota do ex-presidente Lula. Não é momento de comemoração para a oposição ao PT, é momento de reflexão, de diálogo. É um momento de tristeza da política brasileira”.
Líderes de partidos da base comemoraram a decisão. O líder do PPS na Câmara, deputado Alex Manente, disse que o resultado mostra que a justiça é cumprida a todos.
O líder do DEM, deputado Rodrigo Garcia, destacou o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre prisão em segunda instância: “a decisão hoje foi acertada, respeita a lei, STF tem entendimento em vigor da prisão em segunda instância”.
Já a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, defendeu que um condenado só seja preso após julgamento em todas as instâncias.
Para o deputado petista Wadih Damous, o resultado já era esperado: “o que está em jogo é o princípio da presunção de inocência. O que aconteceu hoje não foi inesperado. A última palavra é do Supremo”.
O PT cobra que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, paute a votação que pode revisar o entendimento da Corte sobre prisão após condenação em segunda instância.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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