Maia critica pautas ‘de costumes’ de Bolsonaro e pede olhar mais social

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2019 10h06 - Atualizado em 03/09/2019 10h41
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Antonio Cruz/ Agência Brasil Apesar das críticas, Maia defendeu Bolsonaro sobre queda de popularidade

No mesmo dia em que uma pesquisa do Datafolha apontou queda da popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas ao governo e até ao próprio Bolsonaro. Nesta segunda-feira (2), Maia afirmou, por exemplo, que não há “a menor chance”, neste momento, de se discutir, dentro do Congresso Nacional, uma mudança na política de demarcação de terras indígenas no Brasil.

Com o mundo olhando para as queimadas na região amazônica, ele disse até que está “bastante preocupado” com a imagem do país no exterior e com as consequências desses incêndios para o agronegócio. Por isso, o parlamento deve aprovar, nos próximos dias, uma medida que deve sinalizar que o Brasil está comprometido com o crescimento sustentável e com a preservação do meio ambiente.

Sobraram até críticas para a área econômica do governo. Segundo Maia, apesar de o crescimento mais forte do que o esperado no segundo trimestre deste ano, o PIB de 2019, que deve ficar na casa de 1%, vai mostrar que o governo Bolsonaro está entregando “muito menos que tinha prometido” no campo econômico. Para o presidente da Câmara, a gestão Bolsonaro está muito focada na pauta econômica e de costumes e precisa olhar com mais cuidado, também, para a área social.

“O que o governo precisa é pensar pautas, não apenas pautas econômicas ou de costumes, que possam de fato olhar o desempregado, o desalentado, olhar o brasileiro. Talvez mostrar para a sociedade o que o governo está fazendo. O governo acaba vocalizando mais dessa política da polarização que o presidente gosta de fazer e não mostra algo que ele possa estar fazendo”, declarou.

Efetivamente sobre a pesquisa Datafolha, Maia defendeu Bolsonaro ao afirmar que é injusto comparar o período de agora com outros governos de presidentes anteriores, afinal o Brasil vem “de uma recessão aguda” e a sociedade se encontra muito dividida. Além disso, Maia ressaltou que a queda na popularidade é natural uma vez que muita gente votou no capitão da reserva mais para evitar o risco de o PT voltar ao poder.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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