Maia quer debater racismo estrutural em comissão na Câmara dos Deputados
Maia classificou episódio de assassinato em Carrefour de Porto Alegre como um absurdo
Uma comissão da Câmara dos Deputados deve discutir, nas próximas semanas, projetos de combate ao racismo no Brasil. Na abertura de uma audiência pública que debateu o assassinato de João Alberto Freitas, em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, classificou o episódio como um absurdo. E disse que essa é a oportunidade para o Poder Legislativo tomar atitudes. Em depoimento à Polícia Civil, nesta sexta-feira, 27, o policial Giovane Gaspar da Silva, preso pela morte de João Alberto Freitas, negou que tenha tido a intenção de matar a vítima. Ele foi detido em flagrante junto com Magno, outro segurança do supermercado.
As delegadas responsáveis pelo caso relataram os pontos principais do depoimento de Giovane. Segundo Roberta Bertoldo, ele disse que queria apenas imobilizar o cliente. Giovane relatou ter sido avisado pelo rádio interno do estabelecimento que era “solicitada ajuda” em um dos caixas. Antes da briga e das agressões a João Alberto, não houve discussão entre eles, como conta a delegada Roberta Bertoldo. Também está presa a agente de fiscalização do mercado, Adriana Alves Dutra, que acompanhou todo o episódio. Mais de quarenta pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil. O inquérito foi prorrogado por mais quinze dias, com novos depoimentos e a análise do laudo de necropsia, aguardado para a semana que vem.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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