Maia sugere usar R$ 1 bilhão de fundo da Petrobras para investir na preservação da Amazônia
O presidente da Câmara Rodrigo Maia propôs a liberação de R$ 1 bilhão do fundo da Petrobras, formado por dinheiro recuperado de desvios na empresa, para ser investido na preservação da Amazônia.
Hoje, R$ 2,5 bilhões desse fundo estão contingenciados. A Procuradora-Geral da República Raquel Dodge tinha enviado um ofício ao Supremo Tribunal Federal pedindo o desbloqueio do montante para ser direcionado à educação. O pedido está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes.
Nesta sexta-feira (23), Maia propôs uma divisão do valor: R$ 1,5 bilhão para a Educação, R$ 800 milhões divididos entre União e estados para políticas de combate às queimadas e R$ 200 milhões para o Ministério do Meio Ambiente investir em preservação.
O deputado afirma que a operação é viável. “Estou fazendo uma proposta concreta em cima de um dinheiro que existe, eu não posso tratar de coisas que só existirão no próximo ano, que está longe. O dinheiro pode entrar na conta do governo amanhã. Passamos a ter uma urgência que é a questão do meio ambiente” disse Maia.
O ministro Alexandre de Moraes pediu 48 horas para o governo federal e a procuradora-geral Raquel Dodge se posicionarem sobre a proposta de Rodrigo Maia.
O presidente da Câmara criticou algumas reações internacionais às queimadas na região amazônica, como a do presidente francês Emmanuel Macron. Mas disse que a situação é preocupante.
“A preocupação em relação ao crescimento do desmatamento é real. Ontem eu conversei com algumas pessoas da região e, de fato, o desmatamento cresceu. Nós temos que descobrir que aconteceu. Mas por outro lado, há uma escalada de muitas críticas ao Brasil e algumas podem ter fundamento, outras não.”
O presidente do Senado Davi Alcolumbre também reagiu: disse que na próxima terça-feira, vai instalar uma Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas para buscar soluções ao problema. Já o líder da oposição na Casa, senador Randolfe Rodrigues, da Rede, vai propor uma CPI para investigar o aumento dos índices de desmatamento na Amazônia.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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