Maior evento global sobre saneamento acontece em SP na semana que vem

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2019 07h52 - Atualizado em 13/11/2019 09h51
Saneamento Básico no Brasil Um dos pontos mais polêmicos do texto é o que abre a possibilidade de privatização das companhias de tratamento de água e esgoto

No Brasil, quase 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e cerca de 100 milhões vivem em áreas sem coleta de esgoto. Os dados são do Instituto Trata Brasil, entidade que atua pela universalização do saneamento básico no país.

Uma das maiores bandeiras da entidade é mostrar como a poluição da água afeta a saúde da população, afetando diretamente a economia do país. Neste ano, a organização traz para o Brasil a 19ª edição do World Toilet Summit, maior evento sobre saneamento do mundo.

O encontro começa na próxima segunda-feira (18) no Hotel Renaissance, em São Paulo.

O presidente-executivo do Trata Brasil, Edison Carlos, explica que o objetivo é buscar soluções para o tratamento de água e esgoto, com exemplos do mundo todo.

“É um grande debate internacional sobre os problemas da falta de saneamento básico, mais especificamente a falta de água tratada, coleta, tratamento de esgoto e falta de banheiro.”

Serão 14 painéis de debates que vão discutir desde o tema principal, o saneamento, até outros adjacentes como as mudanças climáticas, o futuro da água, o turismo ecológico e o derramamento de óleo no litoral brasileiro.

O World Toilet Summit ocorre em meio às discussões no Congresso Nacional sobre mudanças no Marco Regulatório do Saneamento.

Edison Carlos, do Trata Brasil, afirma que é preciso celeridade na votação do projeto. “A ideia desse marco regulatório é trazer novos recursos para o setor. Não é questão de ser pública ou privada, o importante é chegar.”

Um dos pontos mais polêmicos do texto é o que abre a possibilidade de privatização das companhias de tratamento de água e esgoto.

No último dia 30, a Comissão Especial que analisa o Marco do Saneamento Básico aprovou o relatório do deputado Geninho Zuliani. O projeto aguarda agora a análise da Câmara dos Deputados.

*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto

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