Maior parceira comercial do Brasil, China tem pouca atenção de candidatos à Presidência

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2018 08h43
Pixabay No ano passado, o país asiático representou 21% das exportações brasileiras e 18% das importações

A China, maior parceira comercial do Brasil, é alvo retórico de Jair Bolsonaro e é pouco mencionada por Fernando Haddad. No ano passado, o país asiático representou 21% das exportações brasileiras e 18% das importações.

Estes números apontam que o Brasil tem uma posição incomum no mundo, obtendo superávit na relação econômica com os chineses.

O candidato que lidera as pesquisas, Jair Bolsonaro, vem adotando há algum tempo uma retórica que questiona o poderio da China no comércio internacional. No começo da última semana, ele disse que “a China não está comprando no Brasil, mas sim comprando o Brasil”.

O professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas, Oliver Stuenkel, disse que a China não se importa com essas declarações, pelo menos agora. A fala de Bolsonaro sobre a China comprar o Brasil foi uma referência a uma possível aquisição das distribuidoras da Eletrobras pelos asiáticos caso a estatal seja privatizada.

O ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, considerou que a retórica do candidato do PSL pode ser moderada no futuro.

Fernando Haddad, por sua vez, promete no plano de governo fortalecer a iniciativa dos Brics, fórum que reúne o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.

Stuenkel afirmou que a expectativa numa gestão petista é que haja pouca mudança significativa.

Os principais produtos brasileiros exportados para a China são a soja, petróleo, minério de ferro e celulose, ou seja, matéria-prima. Já as importações de produtos chineses são de produtos manufaturados e componentes tecnológicos.

Confira a cobertura completa das Eleições 2018

*Informações do repórter Tiago Muniz

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