Maior tragédia da aviação brasileira: acidente da TAM em Congonhas completa 10 anos
Dez anos. Há exatamente uma década o Brasil parava para acompanhar a maior tragédia da história da aviação brasileira. Eram 18h48 do dia 17 de julho de 2007, noite chuvosa na capital paulista, naquele exato instante uma catástrofe paralisaria a nação.
Olhos e ouvidos voltados às notícias que colocariam o acidente com o Airbus 320 da TAM, que fazia o voo 3054, ligando Porto Alegre à Congonhas, em São Paulo, como o de mais elevada magnitude em solo nacional.
O saldo deste drama foram 199 pessoas mortas, entre tripulantes, passageiros e funcionários da empresa.
Na ocasião, o avião não parou após aterrissar no aeroporto e explodiu após colidir com um prédio da própria companhia na avenida Washington Luís.
A Jovem Pan foi a primeira emissora do País a noticiar a queda da aeronave e imediatamente toda a reportagem foi mobilizada em uma das mais vultuosas coberturas jornalísticas da história, que não só varou a madrugada, como se estendeu por dias.
Instantaneamente, a Jovem Pan abriu um telefone de emergência para a prestação de serviço e a participação, principalmente dos ouvintes, foi bastante acentuada.
A todo instante chegavam novas informações das autoridades.
A revolta dos familiares foi explícita. Eles reclamavam dos problemas para o reconhecimento dos corpos.
O setor aéreo brasileiro atravessava seu pior momento embalado numa grave crise. A tragédia que tomou proporções de comoção nacional, era anunciada.
Além dos desmandos nos órgãos reguladores, no dia anterior ao do acidente, um avião da Pantanal havia derrapado na pista de Congonhas que tinha passado por reformas e foi liberada sem as ranhuras, que ajudavam a escoar a água acumulada. Esses fatores contribuíram para o infeliz desfecho.
No próximo capítulo da série de reportagens, os 10 anos do maior acidente da aviação brasileira, as causas e os culpados pelo desastre.
Neste 17 de julho de 2017, o repórter Fernando Martins foi ao local do acidente, onde há um memorial às vítimas e conversou com Marilda Ura, que perdeu dois filhos, um genro e a neta há 10 anos.
“Aqui, neste local, foi um local de muitas lágrimas, que um dia o mundo nos fez chorar, mas que hoje Deus, agora neste momento, nos quer ver sorrindo e todos eles também querem isso. Neste local agora tem esperança, alegria e sorrisos. São lembranças que superam todas essas dores e as lágrimas. Eles eram só alegria. Não posso ficar triste”, disse à Jovem Pan.
Confira o relato de Marilda Ura:
*Reportagem de Daniel Lian
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