Maioria do TSE nega ação do PT contra Bolsonaro e Havan
A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral rejeitou, nesta terça-feira (04), uma ação movida pelo PT que pedia a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. A apreciação do caso, no entanto, ainda não foi encerrada porque o ministro Luiz Edson Fachin pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o processo.
A coligação do candidato derrotado à Presidência da República Fernando Haddad afirma que foi cometido abuso de poder econômico. Isso porque o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, teria constrangido funcionários a votar em Bolsonaro.
De acordo com a ação, Hang ameaçou fechar lojas e promover demissões se o PT ganhasse as eleições.
Em postagem nas redes sociais, o dono da Havan declarou que, dependendo do resultado eleitoral, poderia rever o planejamento da empresa.
Segundo o corregedor-geral da Justiça Eleitoral e relator do caso, ministro Jorge Mussi, é necessário haver provas robustas e conclusivas para se configurar abuso de poder econômico. Ele ainda afirmou que a declaração de possível fechamento de lojas não foi um ato de coação, mas um desabafo pessoal, não direcionado aos empregados.
Já votaram contra o pedido os ministros Admar Gonzaga, Tarcísio de Carvalho Neto, Luís Roberto Barroso e Og Fernandes e Jorge Mussi. Ainda faltam os votos de Fachin e da presidente do TSE, Rosa Weber.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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