Maioria dos infectados pela Covid-19 no Brasil apresenta sintomas, diz pesquisa

Segundo o estudo, 62,9% dos participantes afirmaram ter tido alteração de olfato ou paladar, seguido de dor de cabeça, febre, dor no corpo e dor de garganta

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2020 06h13 - Atualizado em 03/07/2020 08h11
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SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO coronavírus A pesquisa ainda confirma que as regiões apresentam situações diferentes. No norte, por exemplo, tudo indica que a curva de contaminação já seja descendente, o que não acontece nas outras regiões do país

O Brasil já tem quase 1,5 milhão de casos confirmados da Covid-19 e registra 61.884 mortes pela doença até agora. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, no Brasil, 91% dos infectados pelo coronavírus apresentaram pelo menos um sintoma.

O  professor da UFPel, Pedro Hallal, explica que a mortalidade pela doença, no país, é de cerca de 1,15% o que significa que em cada 100 pacientes apenas 1 acaba morrendo. Entre os infectados, 62,9% dos ouvidos pela pesquisa afirmaram ter tido alteração de olfato ou paladar, seguido de dor de cabeça, febre, dor no corpo e dor de garganta. Sendo que muitas vezes os sintomas se combinam.

A pesquisa ainda confirma que as regiões apresentam situações diferentes. No norte, por exemplo, tudo indica que a curva de contaminação já seja descendente, o que não acontece nas outras regiões do país. Quando se fala da doença a pesquisa mostra que não há diferença entre homem e mulher, nem com relação à faixa etária.

É bom também ressaltar que os grupos mais pobres são mais vulneráveis à Covid-19. Os 20% mais pobres da população tem o dobro da infecção do que os 20% mais ricos da população. A explicação pode ser a maior aglomeração inclusive dentro de casa.

Para saber exatamente quantas pessoas já tiveram contato com o vírus, nas 133 cidades pesquisadas, é possível multiplicar o número de casos confirmados por 6. No entanto, não é correto multiplicar o número de casos no Brasil inteiro, já que existem diferentes situações em diversas regiões do país.

O ministério da Saúde apresentou também, além das informações da pesquisa, os dados com relação à utilização da cloroquina e os efeitos nos doentes. Anteriormente, o ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de cinco dias para que o ministro a Saúde dar explicações sobre o protocolo para a utilização do medicamento.

O secretário executivo, Élcio Franco avalia que os resultados já são visíveis. Segundo o ministério da Saúde, como não há medicamento disponível para a Covid-19 é preciso usar o que existe e tem dado resultados positivos. Apesar de não haver evidências científicas que comprovem os benefícios. A utilização da cloroquina, de acordo com o governo é uma decisão do médico e paciente e que não é correto dizer que não haveria comprovações de resultados positivos.

Ao todo, nas últimas 24 horas, foram confirmados 48.105 novos casos contabilizados da Covid-19 e 1.252 óbitos pela doença no Brasil. Nos últimos três dias houve efetivamente 576 falecimentos pelo novo vírus, enquanto que ainda existem 3.931 óbitos em investigação. O número de recuperados supera os 852 mil pacientes .

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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