Covid-19: Sem espaço para enterros, Manaus empilha caixões
Com o grande aumento no número de mortos por coronavírus, a prefeitura de Manaus decidiu que irá empilhar os caixões nas valas comuns.
As valas já começaram a ser usadas na capital do Amazonas desde a semana passada e, agora, serão cavadas mais fundas para conseguir acomodar mais corpos.
O número de enterros diários aumentou em 3 vezes em um dos cemitérios da cidade. No domingo, foi registrado o pico, com 142 sepultamentos. A falta de espaço preocupa as autoridades, que estimam cerca de 4 mil mortes no mês de maio.
No entanto, o enterro realizado dessa forma desagrada muitas famílias, que classificam a situação como indigna. Luigi Paolo perdeu a madrasta que não resistiu à doença. Ele conta como a dor da perda se torna ainda mais difícil nesse contexto.
O prefeito de Manaus, Virgílio Neto, fez um vídeo nas redes sociais solicitando auxílio de outros países, argumentando que a Amazônia é um bioma importante para todo o planeta e que, agora, uma parte significativa do território precisa de ajuda das outras nações.
Sobre a atual situação política do Brasil, ele pontuou que não tem divergências na esfera federal e que o momento é de concentrar esforços para combater a covid-19.
O estado do Amazonas é o quinto mais afetado no país. De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, já são 3 mil, novecentas e 28 pessoas infectadas e 320 óbitos.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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