Manifestantes vão às ruas na Argentina no 3º protesto contra Macri, que tenta reeleição

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2019 08h01 - Atualizado em 05/04/2019 10h08
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EFE O ato ocorre em meio a um acordo do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Buenos Aires, na Argentina, para protestar contra as políticas de austeridade do presidente Mauricio Macri. A manifestação, convocada pela Confederação Geral do Trabalho, contou com a adesão de sindicatos, trabalhadores e Organizações Sociais.

O ato ocorre em meio a um acordo do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional. No ano passado, a Casa Rosada pediu empréstimo de 56 milhões de dólares para conter a desvalorização cambial e a crise financeira no país. Em troca, o FMI pediu para a Argentina zerar o déficit fiscal e equilibrar o orçamento ainda em 2019. A política, no entanto, não foi bem recebida por uma parcela da população.

O argentino Abel Furlan, que estava na manifestação desta quinta-feira (04), criticou o aumento de tarifas estabelecido pelo novo plano econômico: “as taxas mais altas sob insumos importantes para a produção nacional, como gás e eletricidade, levam às piores condições para que os trabalhadores sejam colocados de joelhos”.

Em meio ao ano eleitoral, Macri tentou minimizar a crise argentina. O presidente reconheceu que os últimos meses têm sido difíceis, mas garantiu que as decisões tomadas pelo governo serão benéficas para a população: “esta Argentina que estamos construindo é séria, sem atalhos, sem soluções mágicas, que custa. Claro que tudo que é para sempre, tudo que vale a pena custa. Hoje estamos no caminho certo e estamos fazendo o que será bom para nós e especialmente para nossos filhos e netos. Estamos colocando como objetivo que as coisas funcionem a largo prazo e uma parte em curto prazo”.

Em três anos de governo, Macri lutou para controlar a inflação que acumulou em 6,7% no primeiro bimestre deste ano. O país registra queda no consumo e crise na indústria, que opera com metade da capacidade.

Além disso, a Argentina apresenta alta de desemprego, que atingiu 9,1% no último trimestre de 2018, e o crescimento da pobreza, que chegou a 32%. A Confederação Geral do Trabalho já considera uma nova manifestação contra a política de austeridade de Mauricio Macri.

*Informações da repórter Nanny Cox

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