Manifestantes vão às ruas por ações contra aquecimento global

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 20/09/2019 09h13 - Atualizado em 20/09/2019 11h38
EFE aquecimento global, calor, Idealizada pela estudante sueca Greta Thunberg, organizadores acreditam que esta é a maior mobilização da história sobre a crise climática

As principais cidades europeias aderem nesta sexta-feira (20) ao movimento que pede ações mais robustas e imediatas para mitigar os efeitos do aquecimento global. Na verdade, o movimento está ocorrendo ao redor do planeta – a Greve Global pelo Clima começou pela Austrália, onde 300 mil pessoas participaram de atos ao redor do país.

As greves de estudantes e manifestações seguem pela Ásia, África e Europa antes de chegar às Américas – só nos Estados Unidos 800 eventos estão marcados hoje. Cerca de 150 países participam dos atos.

Os organizadores das manifestações, idealizadas pela estudante sueca Greta Thunberg, acreditam que esta será a maior mobilização da história sobre a crise climática. Há uma comoção global em torno do assunto e é consenso que as medidas tomadas pelos governos estão aquém do desafio adiante.

Mesmo na Europa, onde existe grande preocupação da classe política, onde aquecimento global é tema prioritário de campanha eleitoral, as ações de governo ainda estão longe do ideal. A União Europeia não parece nem perto de conseguir cumprir suas metas de neutralidade de emissões de carbono na atmosfera.

O próprio governo britânico, que neste ano declarou estado de emergência climática, ao mesmo tempo incentiva obras de infraestrutura que vão aumentar as emissões do país. Um grande exemplo de controvérsia neste aspecto é a construção de uma nova pista de pousos e decolagens no aeroporto de Heathrow.

Por isso, milhares de pessoas participam dos protestos de hoje em Londres também, grande parte formada por estudantes adolescentes. O objetivo é chamar ainda mais atenção para a urgência do tema às vésperas da Assembleia Geral da ONU.

Os eventos climáticos mais severos causados pelo aquecimento global já são uma realidade e aqui na Europa os negacionistas não têm espaço. O problema é que mesmo todos concordando com óbvio, que são as conclusões científicas, as ações de combate ao problema ainda estão reservadas apenas para os discursos.

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