Marcelo Ramos critica demora para efetivar troca na Saúde: ‘Não temos tempo’

Segundo o vice-presidente da Câmara, o ministério em transição tem dificuldade para dar as respostas necessárias frente à pandemia no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2021 08h36 - Atualizado em 22/03/2021 15h38
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Michel Jesus/Câmara dos Deputados O deputado federal Marcelo Ramos Para Ramos, os brasileiros não podem assistir passivamente o país registrar quase três mil mortes diárias pela Covid-19

Com os avanços da Covid-19 e o ritmo lento de vacinação contra a doença, governadores se reúnem nesta semana com o presidente da República, Jair Bolsonaro. A proposta do encontro é cobrar uma atuação mais enérgica do governo federal para a imunização. No entanto, o maior desafio será deixar as disputas políticas e os “projetos eleitorais” de lado, afirma o deputado Marcelo Ramos. “Precisamos que o presidente da República assuma o papel de líder nacional e reconheça as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Espero que a essa reunião sirva para isso, por isso fiz chamado para que a população possa acompanhar a reunião, acompanhar os resultados práticos dela e possa fiscalizar a execução dos resultados”, defendeu o vice-presidente da Câmara, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 22.

Segundo Ramos, os brasileiros não podem assistir passivamente o país registrar quase três mil mortes diárias pela Covid-19. Para ele, a salvação da economia e o combate à pandemia, duas grandes preocupações dos gestores, dependem de apenas uma coisa: das vacinas. “Não existem remédios diferentes, o remédio para economia e pandemia é o mesmo: vacina. É vacina no braço e comida no prato”, disse, defendendo, novamente, a importância de uma coordenação nacional. “O presidente precisa reconhecer que o isolamento social não é a solução do problema, mas é o único instrumento para diminuir o número de internações. A máscara não é a solução, mas é um paliativo para diminuir as internações ao mesmo tempo. E a única solução estruturante é a vacina.”

Marcelo Ramos também considera que a transição de comando no Ministério da Saúde precisa ser mais “rápida”. “Não dá para um país que tem quase três mil mortes por dia e quase 300 mil mortos ficar esperando um ministro se descompatibilizar de uma empresa privada da qual ele é sócio administrador. Não temos tempo para esperar. O ministro precisa resolver isso urgentemente, tomar posse e tomar as providências”, disse. “Um ministério em transição é um ministério que tem dificuldade em dar agilidade necessária às respostas que o Brasil precisa”, completou. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi anunciado no dia 15 de março.

Desde então, ele participou de coletivas de imprensa ao lado do atual chefe da pasta, Eduardo Pazuello, onde falaram sobre a continuidade dos trabalhos após a mudança na pasta, sem mencionar a data para a efetiva troca. Por isso, Marcelo Ramos pede maior agilidade e defende que o novo ministro precisa reatar a confiança entre os Poderes. “O atual ministro, Eduardo Pazuello, perdeu o elo de confiança entre os Poderes porque prometeu vários prazos e várias vacinas e não cumpriu. O novo ministro precisa cumprir esse cronograma para reatar essa relação de confiança com os Poderes e com a sociedade.”

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