Márcio França admite dificuldade em convencer PSB a apoiar Alckmin por falta de contrapartida tucana

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2018 10h59 - Atualizado em 17/07/2018 11h35
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Johnny Drum/Jovem Pan "Fica difícil eu dizer que ‘PSDB é bom, vamos com ele, que Geraldo é mais preparado’ e eles dizerem ‘tá bom, mas PSDB não vai com a gente pra lugar nenhum?’", disse

Herdeiro de Geraldo Alckmin, mas do PSB, Márcio França nega que tenha se sentido traído pelo tucano definir apoio a João Doria na disputa pelo governo de São Paulo nas eleições deste ano e mostra certa indiferença em falar de apoio ao antecessor.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o governador do Estado não deixou clara a sua posição ou a de seu partido sobre um palanque em SP a favor de Geraldo Alckmin. O que antes era uma defesa mais sólida passou a aparentar como uma certa indiferença, já que o PSB fecha pontos de acordo que devem acarretar em uma aliança com Ciro Gomes (PDT).

“Em Pernambuco acham que é bom ir com PT, em Brasília com Ciro Gomes. No Espírito Santo, até sexta-feira, era bom ir com Ciro. Em São Paulo, desde o início eu disse que não tem muita diferença, porque fica difícil eu dizer que ‘PSDB é bom, vamos com ele, que Geraldo é mais preparado’ e eles dizerem ‘tá bom, mas PSDB não vai com a gente pra lugar nenhum?’ Também não consigo falar ‘faça, porque acho que ele é o melhor’”.

França justificou a posição usando a separação do PSB em ao menos cinco frentes: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Brasília e Pernambuco. “Quando Eduardo Campos era vivo, a gente tinha linha de condução. Ele liderava todos nós. Um trágico acidente matou o presidente do meu partido no auge da campanha eleitoral, claro que isso tem consequência. Nós, para sobrevivermos, juntamos os cinco mais antigos do partido, dentre eles eu, e fizemos grupo para cada um ajudar a comandar. E é esse o grupo que tem hegemonia no partido. Mas é grupo composto por gente daqui, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Brasília e Pernambuco. E em cada posição a pessoa olha um pouco para o seu mundo antes de entrar para outros”, explicou.

O governador aproveitou ainda para reafirmar que nunca ocorreu um acordo preestabelecido com Alckmin para um palanque em torno de sua candidatura à reeleição. “Eu nunca tive acordo com ele. Quando ele me convidou, me convidou sabendo que iria sair. Ele nunca falou que vai me apoiar, ou que o partido ia apoiar”, afirmou o pessebista ao acrescentar que é natural que o PSDB tenha um candidato próprio.

Confira a entrevista completa com o governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Márcio França:

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