Márcio França critica comunicação do governo federal no episódio dos caminhoneiros
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB) disse que há uma dificuldade de Brasília se comunicar com o Brasil. Na avaliação de França, se o governo federal tivesse adotado uma estratégia diferente e uma linguagem mais fácil da população entender, a paralisação dos caminhoneiros não teria se estendido tanto.
Sobre a normalização do abastecimento de combustível nos postos de gasolina do estado, o governador disse que pode levar até dois dias. Já o prazo estimado para a regularização dos alimentos em supermercados e feiras é de uma semana.
Segundo Márcio França, faltava uma comunicação bem feita para destravar as negociações com os caminhoneiros. “Não dá para ficar olhando para trás. Mas de fato há uma dificuldade de Brasília em se comunicar com o resto do Brasil. Parece que é um ‘mundo de Bob’ separado, onde as pessoas não tem noção de quem está na ponta (…) Hoje em dia com vários instrumentos de comunicação foram criadas outras formas de comando e liderança e quem não está sintonizado com isso, às vezes, fica patinando”, disse França.
A partir desta quinta-feira (31), passará a valer a isenção da cobrança do eixo suspenso para caminhões vazios, uma das reivindicações dos caminhoneiros. Segundo o secretário de Transportes e Logística, Mário Mondolfo, a Agência de Transportes do estado de São Paulo está fazendo os estudos sobre o desequilíbrio financeiro causado pela medida. “A primeira estimativa é da ordem de R$ 60 milhões/mês de perda na arrecadação dos pedágios por conta da suspensão de cobrança do eixo suspenso”, explicou.
As concessionárias já prepararam as equipes operacionais para adoção do novo modelo de cobrança. Até domingo, a circulação de caminhões nas rodovias estaduais paulistas está liberada a fim de contribuir no reabastecimento das cidades do interior. A partir de segunda-feira, voltam a valer as portarias que orientam e restringem a circulação de cargas.
*Com informações da repórter Natacha Mazzaro
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