Marcos do Val aciona Bolsonaro, PGR e TCU para definir espaço a novos auxílios sociais no Orçamento

Senador fala em posicionamento apartidário e defende que decisão sobre recursos orçamentários não deve ficar apenas com o relator: ‘Será algo mais democrático’

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2022 09h30 - Atualizado em 24/06/2022 09h37
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Reprodução/Pânico Marcos do Val usa terno e fala ao microfone no estúdio do programa Pânico Marcos do Val reconheceu que há uma resistência a qualquer movimento favorável à reeleição de Bolsonaro

O senador Marcos do Val (Podemos), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, acionou o presidente Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Tribunal de Contas da União (TCU) para uma reunião a respeito da inclusão e pagamento de novos benefícios sociais pelo governo federal no Orçamento. O encontro, que deve acontecer neste final de semana, ocorre em meio a negociações para a criação de um vale caminhoneiro, com valor de R$ 400 a R$ 1 mil, e aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 mensais. Segundo Marcos do Val, os convites foram feitos para que “não fique só o relator com esse poder de decisão”. “Será algo mais democrático”, afirmou o parlamentar, defendendo que é um posicionamento totalmente apartidário.

“Não estou como candidato à reeleição, o meu partido não tem candidato a presidente. É totalmente independente e focado na relatoria para que seja entregue o mais rápido possível e com as melhores soluções”, completou, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. A expectativa é que o relatório seja votado na quarta-feira, 29. De acordo com o senador, a proposta de auxílio aos caminhoneiros deve focar nos cidadãos que usam o combustível como instrumento de trabalho. “É dar assistência para quem necessita para exercer sua função.”

Embora veja o benefício e a proposta de aumento do Auxílio Brasil como pertinentes, Marcos do Val reconheceu que há uma resistência a qualquer movimento favorável à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Para ele, com a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro por suspeita de corrupção no Ministério da Educação, parte da oposição sente que as eleições já estão ganhas. “Infelizmente, a nossa posição não é que traz soluções, quer derrubar o governo. Isso é o que mais me revolta, me deixa indignado em saber que são pessoas que poderiam agregar soluções, mas não, quanto pior [estiver o governo] é melhor.

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