Marginal Tietê alaga na Ponte das Bandeiras e caminhoneiros passam horas esperando liberação
Nessa segunda-feira (10), a cidade de São Paulo lembrou o trecho do filme coreano ganhador do Oscar, Parasita, onde bairros e casas ficaram alagados. Só que, diferente da ficção, choveu por muito mais tempo — e foi o verdadeiro caos. O alto volume de água tornou indistinguível rio Tietê das pistas da marginal.
Na altura da Ponte das Bandeiras, a água suja cobriu parte dos caminhões — alguns carros, inclusive, boiavam. Muitos caminhoneiros perderam as mercadorias e o dia de trabalho.
Cleiton Alves estacionou as 4 da manhã dessa segunda-feira e não conseguiu chegar na cidade de Tietê, no interior de São Paulo. “A situação aqui é crítica. Ilhado, água de todo lado. Um ajudando o outro. Mas está difícil a situação aqui. A previsão é esperar abaixar a água e seguir viagem.”
Outro caminhoneiro que sofreu com os alagamentos e o transito foi o Rafael, que até desistiu de por o caminho no Waze. “Tá feio o negócio. Tô desde às 6h rodando e não saio do lugar. O aplicativo até dá uma opção, mas quando chega está travado. O jeito é quem tem a opção de ficar em casa, não sair.”
Não foram apenas os motoristas que sofreram com as enchentes da madrugada. A Estefânia é enfermeira, tinha plantão nesta segunda e não conseguiu chegar ao hospital.
Ela, que veio de Atibaia, teve que dormir em um hotel no bairro de Santana. “Eu tava vindo de Atibaia para o meu trabalho, tinha que entrar 5h da manhã. Vou procurar um lugar para ficar porque a situação é apavorante.”
No meio do caos, os bombeiros resgataram os motoristas ilhados e carregaram as crianças até um lugar mais seguro.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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