Marina Silva avalia que problema da Petrobras não se resolve com privatização
A Jovem Pan deu continuidade à sua série de entrevistas especiais com os pré-candidatos à presidência da República. Durante entrevista ao Jornal da Manhã, Marina Silva (Rede) reafirmou que não vai privatizar a Petrobras tampouco o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
“São símbolos do Brasil e que podem ter eficiência, competência e resolubilidade sem precisar serem privatizados. No caso da Petrobras, que já é uma empresa mista, tendo governo como seu acionista majoritário”, disse.
De acordo com Marina Silva, a principal questão é resolver a corrupção e a ingerência política dentro da Petrobras. “Pode se compor a diretoria de forma técnica e com comitê de busca. A Petrobras não pode ter uma visão dogmática em relação ao mercado como vimos acontecer e que levou o País a situação muito complicada”, ressaltou.
Marina Silva citou como exemplo a greve dos caminhoneiros que praticamente parou o país por 11 dias. Entre as reinvidicações do movimento estava a redução do preço do diesel, cujas altas se basearam na política de preços da Petrobras. O episódio, aliás, culminou na saída de Pedro Parente do comando da estatal.
“Não vai haver privatizações. É possível o governo privatizar algumas empresas? Sim, mas dentro de um plano. É possível ter parceria com o setor privado? Sim. De forma que entregue à sociedade os produtos que a sociedade demanda”, completou Marina.
A pré-candidata da Rede ressaltou que a postura deve ser a de não criar tantas dificuldades ao ponto que as margens às empresas tornem inviáveis qualquer processo de parceria. “Por outro lado, a empresa deve entregar o serviço e o benefício de acordo com as regras estabelecidas”, destacou.
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