Marun justifica silêncio do Planalto sobre iminente prisão de Lula: “não temos nada a declarar”
Diante da iminente prisão do ex-presidente Lula, nesta sexta-feira (06), o Palácio do Planalto permaneceu em silêncio. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que, “em termos de Governo”, não há nada a declarar.
Aliado de Michel Temer e defensor do presidente, Marun retirou uma eventual responsabilidade de o emedebista se posicionar quanto à prisão: “Não temos, em termos de Governo, nada a declarar. Trata-se de uma questão que envolve a Justiça, e isso, na verdade, é consequência da deliberação do STF na última quarta-feira (04). Não temos nada a dizer a respeito desse assunto”.
Segundo Marun, a opção por permanecer em silêncio mostra o respeito à harmonia entre os Três Poderes. “Nosso silêncio é baseado no respeito que deve existir entre Poderes, e à questão estabelecida na Constituição (…) Eu mesmo tive receio de me manifestar, porque uma manifestação pessoal minha pode ser confundida com manifestação do Governo”, disse.
Entretanto, o ministro destacou que o processo contra o ex-presidente Lula tramitou por um longo tempo e que foi cumprido o devido processo legal. “Eu, pessoalmente, não fico feliz com isso. Penso que o presidente Lula teve trajetória de vida muito bonita e é triste que essa trajetória venha a atingir seu epílogo em uma situação como essa”.
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