Máscaras viram item obrigatório entre passageiros em Cumbica

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2020 07h21 - Atualizado em 13/03/2020 08h17
Fernando Frazão/Agência Brasil Mesmo com a pandemia do novo coronavírus decretada, muitos passageiros não desistiram das viagens internacionais

A aviação mundial que já estava combalida devido ao coronavírus, vê o cenário ficar mais crítico.  Em Cumbica, como exemplo, máscaras já se tornaram um objeto de uso quase obrigatório; estão por todos os lados.  Entretanto, mesmo com o temor mundial, muita gente não desiste dos planos de viajar.

A engenheira Berenice Lima tinha a passagem marcada para a Europa, não deixou de embarcar, porém tomou as devidas precauções. “Eu pensei bastante se iria cancelar ou não, mas decidi ir com todos os cuidados para poder evitar contatos.”

A vendedora, Ana Luiza Barros também manteve o planejamento e encarou a travessia ao velho continente à passeio. Na bagagem o que não falta é preparo.

“A gente está mais preocupado em conseguir se locomover dentro dos países do que com a doença em si. Tentar evitar aglomeração, cheia de remédios na bagagem, álcool em gel. Então a gente vai arriscar.”

O auditor Antônio Christino Filho e toda a família usavam máscaras no saguão, para ele todo cuidado é pouco. “Gente vai se precavendo com máscara. Então a precaução nossa é lavar as mãos, não ficar em aglomeração, usar máscara. Esses cuidados básicos que a gente deve ter.”

Mas o verdadeiro motivo do seu Antônio estar no terminal de Guarulhos, não era apenas levar seu filho, Bruno, mas sim tentar demovê-lo da ideia de entrar no avião. A dúvida persistia na cabeça de Bruno à frente do balcão de chech-in.

“A gente tentando chegar em um consenso se é adequado embarcar ou não. É ruim porque a gente se programa tanto. Mas a gente não sabe ainda se compensa assumir esse risco ou não”, afirma Bruno, que desistiu de embarcar na última hora.

Voos cancelados

Depois da drástica medida do presidente norte-americano Donaldo Trump ter decretado a suspensão dos vôos da Europa para os Estados Unidos os impactos na economia global foram severos.

O analista do setor de aviação, Cláudio Magnavita aponta que a determinação foi acertada pela tentativa de brecar a circulação do novo vírus. “A gente está tendo uma compreensão agora de como a avião une os mundos. Suspender os voos é uma medida extrema, mas necessária.”

Até mesmo quem faz os transportes para o aeroporto tem a rotina afetada. O taxista Renato Canadas tem muitos clientes corporativos e indica que várias empresas cancelaram as viagens e, por isso, caiu a movimentação. “Os clientes corporativos par quem eu trabalho, as empresas só vão liberar viagens internacionais a partir do dia 30 de abril. Congonhas está normal, mas Guarulhos caiu mais de 50%.”

*Com informações do repórter Daniel Lian.

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