Massacre do Carandiru segue indefinido juridicamente e com possibilidade de prescrição
O Massacre do Carandiru segue com indefinição jurídica mais de 25 anos depois, em processo marcado por reviravoltas. Na última decisão, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a anulação dos julgamentos e abriu a possibilidade de absolver todos os acusados.
No dia 02 de outubro de 1992, policiais militares invadiram a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, para conter uma rebelião. A missão resultou na morte de 111 pessoas.
Ao todo, 74 policiais foram condenados pela morte de 77 detentos, em júris que ocorreram em 2013 e 2014. Mas eles foram anulados em 2016, pelo TJ.
O caso voltou à tona em maio, quando o Tribunal Paulista foi obrigado pelo STJ a reanalisar a decisão. No entanto, os desembargadores negaram o recurso do Ministério Público e confirmaram a necessidade de um novo julgamento.
A decisão desagradou a Promotoria paulista. A procuradora Sandra Jardim alertou sobre a possibilidade de prescrição do caso.
Já a advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, rebateu os argumentos da Promotoria.
A advogada alegou que 500 policiais militares participaram da ação, e apenas 79 foram processados.
O Ministério Público de São Paulo já informou que vai apresentar um novo recurso para recorrer da decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal Paulista.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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