Material escolar sofre com alta carga tributária e pais unem-se para driblar custos
O período de volta às aulas traz milhões de alunos às escolas e o mesmo número de pais preocupados com o custo do material. Só o peso dos impostos nesse tipo de produto pode chegar a quase 50%. Isso é o que mostra levantamento da Associação Comercial de São Paulo.
Um exemplo disso é uma simples caneta, que tem 49,95% do seu preço final em impostos.
Achou pesado? Pois é, não é só isso: uma régua tem tributação de 44,65% e a agenda escolar chega a 43,19%. Não bastasse o peso dos tributos, o preço dos itens varia muito entre as lojas.
Pesquisa da Proteste realizada na primeira semana do ano analisou o preço de 29 produtos em 34 lojas e papelarias de diversos bairros do Rio de Janeiro. Por lá, a variação foi apontada em mais de 3.000%.
É isso mesmo: enquanto um apontador de lápis custava R$ 0,21, em outra chegava a R$ 7, diferença de 3.233%. Logo depois, vinham as borrachas, com valores de R$ 0,35 a R$ 5,40, variando 1.443%.
Para driblar esse cenário, muitos pais lançaram mão de artifícios, como a união, para comprar de uma vez, em grande quantidade.
Ivânia Amaral e outras mães da mesma série de seus filhos usaram o WhatsApp para se juntar e comprar com preço melhor: “tudo começou no grupo das mães do colégio quando uma mãe deu a ideia de comprar com desconto em algum lugar”.
Foram cinco grandes compras que renderam 80 kits para os alunos. mSomente uma livraria concedeu 20% de desconto para pagamento à vista.
No fim das contas, na lista de material de sua filha, Ivânia garantiu R$ 200 de desconto.
*Informações do repórter Fernando Martins
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