Governador do MT defende equilíbrio em restrições: Pandemia é grave, mas é preciso olhar todos os aspectos

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2020 08h57 - Atualizado em 14/05/2020 09h15
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EFE / Juan Ignacio Roncoroni coronavirus-argentina O Mato Grosso tinha, até a quarta-feira (13), 673 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus e 21 óbitos

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, falou sobre as ações adotadas em seu Estado no combate à covid-19. De acordo com ele, não era justo aplicar as mesmas medidas em 141 municípios, sendo que 98 não têm casos confirmados da doença.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Mendes falou em “remédio certo, no lugar certo e na hora certa”. “Ficou muito claro que não dava para tratar todas as cidades de forma igualitária. A pandemia é grave e séria, somos favoráveis a medidas restritivas, mas foi preciso olhar para todos os aspectos.”

“Salvar vidas é necessário, mas fazer lockdown antecipado, fora de hora, pode prolongar o tempo de paralisação e causar consequências econômicas gravíssimas. Estamos falando de trabalho, emprego. O cidadão precisa trabalhar para comer e estamos tentando equilibrar isso.”

O Mato Grosso tinha, até a quarta-feira (13), 673 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus e 21 óbitos. O MT também é responsável pela segunda pior taxa de isolamento, atrás apenas de Goiás.

Mendes disse também que, além da pandemia, o Brasil enfrenta uma “histeria coletiva causada pelo pânico”. Para tentar fugir disso, ele orienta os prefeitos como agir seguindo “a ciência e um contexto mais amplo” e dá autonomia aos municípios. “Precisamos salvar vidas, mas agir de forma inadequada pode arruiná-las.”

Mauro Mendes ressaltou que, apesar de não querer criticar ações de outros governantes estaduais, ele preferiu criar 210 leitos definitivos em vez de inaugurar hospitais de campanha. E que, ainda assim, o índice de ocupação das UTIs é de cerca de 10%.

O governador do MT também falou que é comum, em momentos delicados, que pessoas tentem tirar proveiros não republicanos. Ele citou, por exemplo, empresários que se aproveitaram da pandemia para triplicar o preço dos respiradores.

“Tem político e cidadão que tenta levar vantagem. Não digo que são todos, mas eu vejo despreparo para enfrentar problemas. Falta racionalidade e bom senso. Mas não dá para culpar ninguém individualmente porque o vírus surpreendeu todo mundo.”

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