May adia o inevitável ao transferir votação sobre acordo do Brexit para janeiro

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 28/12/2018 09h35 - Atualizado em 28/12/2018 11h15
EFE O fato é que o pior dos cenários para a economia britânica, o da separação sem acordo, parece o mais provável hoje

A chegada do ano novo traz uma dura realidade para os britânicos: o país não está pronto para se divorciar da Europa. Theresa May se segurou no cargo de primeira-ministra no apagar das luzes de 2018, mas isso não significa que há consenso em seu governo. Pelo contrário. A sensação é de que May adiou o inevitável ao transferir a votação sobre o acordo do Brexit para janeiro.

Os parlamentares britânicos estão em recesso até o próximo dia 07 e devem votar o plano da primeira-ministra na semana seguinte.

Considerando que o divórcio europeu deverá ser consumado no dia 29 de março, restará pouquíssimo tempo para discutir um plano B, caso o acordo seja derrubado pelo parlamento. Por isso, a oposição tenta antecipar o retorno aos trabalhos já para o próximo dia 02.

Jeremy Corbyn, líder do partido trabalhista, confirmou que vai tentar um voto de não confiança no governo assim que o acordo do Brexit for analisado. Se a manobra funcionar, os britânicos terão eleições gerais antecipadas que podem atrasar o divórcio europeu.

O fato é que o pior dos cenários para a economia britânica, o da separação sem acordo, parece o mais provável hoje.

Estudos do próprio governo britânico apontam que se isso ocorrer, a economia do país pode encolher quase 10% nos próximos 15 anos.

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