May admite que não conseguirá evitar participação do Reino Unido em eleição europeia

Negociações com a oposição para tentar acordo do Brexit não estão indo longe

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 08/05/2019 09h31 - Atualizado em 08/05/2019 10h26
EFE O Brexit está marcado agora para o dia 31 de outubro

Se no futebol a Inglaterra tem o que comemorar após a vitória do Liverpool sobre o Barcelona nesta terça-feira (07), na política a maionese desandou faz tempo e é inacreditável que Theresa May ainda seja primeira-ministra do Reino Unido.

Nesta terça, ela teve que admitir que as negociações com a oposição para tentar um acordo para o Brexit não estão indo muito longe e será impossível evitar a participação britânica na eleição europeia no final do mês.

Quase três anos depois de terem votado pela desfiliação da União Europeia, os britânicos vão ter que passar por esse constrangimento. E desperdício de dinheiro também, porque organizar essa votação vai custar cerca de 150 milhões de libras, ou quase R$ 800 milhões.

Mas se a questão fosse apenas essa ainda vá lá. O problema maior é que os eleitores britânicos estão profundamente desencantados com os partidos tradicionais – as eleições locais da semana passada mostraram isso.

E há um risco grande de uma guinada aos extremos, que em última instância colocaria gente ainda mais radical no parlamento europeu como representante da Grã-Bretanha. Pelo menos essa tem sido a tendência mundo afora.

O Brexit está marcado agora para o dia 31 de outubro, mas já se fala inclusive em um novo adiamento. Porque está claro que a primeira-ministra tem uma estratégia absurda de tentar vencer pelo cansaço.

Ninguém aguenta mais ouvir sobre esse assunto e May espera que uma hora o parlamento acabe aprovando o acordo firmado por ela com os europeus – parece até piada de tão ridículo. Mas é o que está acontecendo por aqui.

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